1.3.07

Entrevista c/ Wilton Marchini sobre Rádio

JAM - Fala como era fazer um programa de rádio quase 25 anos atrás?
Falando sobre o programa de rádio que fiz, pela FM notícia, de 83 a 93, exatos 10 anos, sem parar nunca, só mudava de horário, né? Fizemos de sábado da 13:00 as 14:00, depois de sábado das 19:00 as 20:00, depois aos domingos. E era um lance de disco, o vinil que a gente levava pro estúdio, não tínhamos a facilidade, que o hoje o pessoal tem, de gravar todos os mp3 em uma única mídia de deixar rolando, então tínhamos que levar aquele monte de discos pra fazer o programa com duas pick-ups, era mais complicado, mas como na época não tinha outra opção, aquilo estava ótimo. Foi uma época muito boa.
As vezes eu levava fita K7 também, que funcionava também e com o equipamento que tinha na rádio, todo som ficava com boa qualidade. E foi uma época muito legal, só que eu não peguei essa época do cd, porque nesses 10 anos, foi só com vinil mesmo.

JAM - Que tipo de som tocava?
Tocávamos muito Iron Maiden, todo mês fazíamos especial com alguma banda como Iron, Mercyfull Fate e tinha todas as bandas de trash dos anos 80: Slayer, Exodus, etc.. tocávamos de tudo, Sepultura tocava muito, Metallica, as bandas clássicas que todo mundo pedia. Fazíamos muito um lance de oferecimento, a turma pedia muita música. Tocávamos também muita coisa nova, pra mostrar bandas novas pro pessoal e não ficar apenas nos medalhões...

JAM - E muita gente ouvia?
Quando o programa começou a gente fez uma pesquisa, a própria rádio fez, e eu me lembro que a gente chegava a 84 cidades, que pegava o programa, que tínhamos audiência, aí pensei: “ta bom já” e não fiquei me preocupando mais, pois a gente tinha audiência. Inclusive o Pinhaneli falava, uma vez fomos convidados a ir ao programa dele, um clássico que ele apresentava ao meio-dia, ele nos levou pra apresentar o ‘Momento do Heavy’ no horário dele, de meio-dia a 13:00. A gente fazia sorteio e o pessoal da rádio sempre falava que nós éramos o programa que mais recebia correspondência, era por carta naquela época.
O Pinhaneli é uma cara muito gente boa, mas a gente estranhou o convite, pensei “ô loco,‘Momento do Heavy’ ao meio-dia? Para o público dele, um público que eram as donas de casa”. Mas foi um sucesso a turma ligava, comentava. Foi um bom momento.

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